8 ideias para uma nova cabeceira

Depois de um tempo, sempre temos a vontade de trocar a decoração dos ambientes e deixá-los com uma cara nova, porém nem sempre estamos preparados financeiramente para tanta mudança. Mas às vezes apenas um simples toque e a troca de um móvel já pode transformar um ambiente.

Pensando nisso, esse post reúne dicas para compor uma cabeceira para sua cama, que muitas vezes acaba ficando esquecida, mas compõe um elemento que dá um acabamento para a cama e faz toda a diferença na decoração.

1. Cabeceira de pinus

O pinus é um material muito utilizado na construção para se fazer as formas que vão receber o concreto e formar os pilares e vigas por ser um material barato. Ele vem ganhando espaço na decoração e compondo peças incríveis. A cabeceira de pinus pode ser montada do tamanho da necessidade que você precisar, as pranchas de pinus são vendidas por metro, o que facilita, pois na hora de montar é só cortar do tamanho que você precisa e juntar as peças.

2. Tecido

A cabeceira de tecido necessita de uma base firme para ser revestida, então você pode revestir alguma peça que já esteja enjoado ou ainda criar uma peça nova de madeira e revesti-la!

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3. Adesivo de parede

Essa ideia é para quem quer uma cabeceira mais simplificada, ou não tem muito espaço para colocar uma. Há muitos adesivos que imitam cabeceiras de cama para se inspirar e substituir o móvel.

4. Pallets

Os pallets são estruturas de madeira utilizadas para trasportar materiais no geral. Essas peças ganharam espaço na decoração compondo desde bancos até mesas, bastando apenas usar da criatividade para compor seu móvel, já que ela pode ser usada em sua estrutura original ou desmontada e remontada como quiser.

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5. Quadros e molduras

Para este tipo de cabeceira é necessário soltar a imaginação e usar dos quadros ou molduras vazias para criar uma composição arrojada. Uma ideia pode ser usar fotos pessoais para criar uma cabeceira especial e exclusiva!

6. Iluminado

Use a iluminação para deixar sua cabeceira de cama com um toque mais aconchegante. As luzes de pisca-pisca são uma ótima opção para dar um toque extra de beleza no quarto. Atenção para as luzes que esquentam, pois elas estarão perto de você, prefira luzes frias como o LED de coloração amarelada para não perder a característica de ambiente acolhedor.

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7. Materiais reaproveitados

Muitos objetos descartados em reformas ou por estarem velhos demais, podem sim fazer parte de uma nova decoração. Se você gosta de um estilo retrô atente-se a esta dica: aquele objeto que está esquecido no fundo do quintal pode receber uma nova pintura e virar seu mais novo objeto de decoração.

 

8. Espelho

Para ambientes pequenos uma opção é usar espelhos junto a cabeceira da cama, além de conferir charme e elegância ao ambiente. O espelho também pode ser combinado com diversos materiais como a madeira e tecido.

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O mais importante é soltar a imaginação na hora de decorar e deixar o seu cantinho com a sua cara. Reaproveitar materiais esquecidos e colocar a mão na massa pode render uma nova cara ao seu ambiente e ainda economizar uma grana!

 

NBR 9050: Cálculo de rampas

“Possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privado de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida”.

(ABNT NBR 9050:2015)

 A norma NBR 9050 está em sua terceira edição e disponível para download (aqui) e ressalta como diferencial das outras edições critérios de sinalização em espaços públicos, parâmetros de ergonomia para mobiliários e equipamentos urbanos, intervenções em bens tombados pelo patrimônio histórico, além de abranger a abordagem para pessoas com dificuldades para se locomover, como obesos, idosos e gestantes, seguindo o conceito de desenho universal, assegurando a acessibilidade à todos.

9050

A abordagem de hoje será no cálculo de rampas, que, por mais que pareça simples, sempre surgem dúvidas em como deixá-la dentro da norma e principalmente utilizável por aqueles que precisam. Então vamos lá!

DIMENSIONAMENTO

Primeiro de tudo, precisamos entender a fórmula para cálculo das rampas:

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Onde:

i = a inclinação da rampa em porcentagem;

h = a altura do desnível

c = o comprimento da projeção horizontal

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Ou seja, se tivermos um desnível de 16cm, precisaremos de uma rampa com comprimento total de 2m.

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Podemos perceber que quanto maior a altura a ser vencida, mais suave a rampa precisa ser para que possa ser acessada pelas pessoas com necessidades especiais. Portanto, muitas das rampas que vemos por ai não são acessíveis, porque não apresentam a inclinação correta para que um cadeirante possa subir.

Vejamos um exemplo de escada com rampa. O modelo a seguir mostra que para vencer uma altura de quatro degraus, você precisa de 10m de rampa e mais um patamar de descanso, para que o cadeirante possa fazer a transição tranquilamente sozinho.

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Exemplo de acessibilidade com rampa e escada.

A norma tem uma tabela na qual coloca o as inclinações permitidas e o desnível máximo permitido em cada seguimento e recomenda criar patamares de descanso a cada 50m de percurso.

tabela 1

Em reformas, quando todas as possibilidades de soluções estão esgotadas, permite-se a utilização de inclinações maiores que 8,33% nas seguintes condições:

tabela 1

PATAMARES

Os patamares devem estar no início e término das rampas e ter o comprimento de 1.20m, assim como os patamares dos seguimentos das rampas.Quando forem patamares de mudança de direção, a dimensão deve ser igual à largura da rampa.

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Representação de patamares (NBR 9050)

LARGURA

A largura da rampa deve ser estabelecida de acordo com o fluxo de pessoas. Para rampas em rotas acessíveis a largura deve ser de 1.50m, admitindo-se o mínimo de 1.20.

No caso de edificações existentes, quando a largura da rampa for impraticável, as rampas podem ser executadas com largura mínima de 0,90m com seguimentos de n máximo quatro metros (medidos na projeção horizontal), respeitando os parâmetros de área de circulação e manobra previstos na norma.

CORRIMÃO

A guia de balizamento deve ser em alvenaria e ter a altura mínima de 5cm com corrimão de duas alturas em cada lado.

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Corte transversal com detalhe de guia e corrimão (NBR 9050)

Fonte: NBR 9050

 

SESC Pompeia

Embora a arquitetura brutalista não tenha nascido no Brasil, alguns arquitetos estrearam em nosso país com essa nova forma de construir, que é uma arquitetura na qual se privilegia a funcionalidade, deixando de lado os elementos decorativos e, mesmo assim, criando edifícios monumentais, elegantes e proporcionais. Na Europa essa arquitetura contribuiu para a reconstrução – mais econômica – do continente no pós Segunda Guerra Mundial e, aqui no Brasil, não era apenas um conceito estético, mas também uma militância política.

Pode-se dizer que o brutalismo caracteriza-se pela ideia de beleza, na verdade construtiva, dos materiais, ou seja, a edificação deve ser honesta, nela podendo distinguir estrutura e vedação, não existindo critério do que possa estar à vista ou não.

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Fonte: Alana Vitti, Maio 2016

A partir dessa ideia e ligado ao fato de o local escolhido, para abrigar o novo Centro de Lazer, na cidade de São Paulo, ser uma antiga fábrica de tambores, Lina Bo Bardi dá vida a uma obra polêmica, que não se encaixava aos padrões da época, mas um verdadeiro presente para a cidade.

Assim, em 1986, nasce o Sesc Pompeia com uma linguagem industrial, novas escalas, muitas cores além de uma programação abrangente – que Lina experimentou na Bahia – trazendo a vida pública para o interior dos edifícios, atingindo as pessoas de todas as faixas etárias. Façanha conquistada através de uma rua aberta que leva as pessoas para espaços internos do Centro, convidando-as a participar dessa vida sócio-cultural e trazendo o ambiente urbano para dentro desse espaço.

Ao caminhar pelas ruas de São Paulo em direção ao Pompeia, você avista há poucos metros o polêmico edifício brutalista de Lina, que se destaca em meio a paisagem urbana de edifícios modernos, mas quando chegamos ao destino final, uma sensação de alienação é causada ao entrar pela “rua”.

Percorrendo os espaços do Sesc conseguimos deixar a imaginação correr e idealizar como era a vida na antiga fábrica através dos elementos ali deixados em seu estado original. Se pensar na vida fabril que acontecia enquanto fábrica, podemos depreender que o mesmo acontece nos dias atuais, pois dentro da cidadela acontece uma dinâmica totalmente diferente do que está acontecendo lá fora.

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Fonte: Alana Vitti, Maio 2016

Temos um exemplo de duas arquiteturas diferentes da mesma temática fabril que causam no visitante duas sensações distintas; a primeira o aconchego das instalações nos antigos galpões que foram transformados em biblioteca, restaurante, oficinas e espaços de convivência; e logo ao chegar ao deck de madeira – que passa por cima do córrego das Águas Pretas – e se deparar com os edifícios de concreto, uma certa sensação de estranheza e até certo desconforto é causada no espectador.

Apesar das críticas e elogios à arquitetura do Pompeia, as construções têm apenas um objetivo: a convivência entre as pessoas numa cidade onde, na rua, dificilmente interagem.

Lina soube dosar sua arquitetura ora pesada, pelos elementos em concreto armado aparente, ora leve, como pelo deck de madeira. E, através de todos esses elementos, criar uma experiência arquitetônica para o convívio social, e aguçar os sentidos para a experimentação da funcionalidade do edifício através de sua arquitetura industrial, sendo uma das precursoras de um novo estilo arquitetônico no país, juntamente com Villanova Artigas, em um movimento preocupado com as questões sociais e a verdade dos materiais seguindo a linha dos Smithson, que se utilizou desse ideal na Inglaterra alguns anos antes, e a formalidade de Le Corbusier na aplicabilidade do concreto bruto em estruturas prismáticas puras na busca da univolumetria e, claro, levanto características próprias para a sua arquitetura que era reconhecível pelas suas características originárias do movimento, mas com uma autonomia pelas diferenças que a Arquitetura Brutalista Paulista desenvolveu.

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Fonte: Alana Vitti, Maio 2016